Estratégia para as eleições autárquicas

A discussão sobre a estratégia a adotar em caso de avançarmos para eleições autárquicas desenvolveu-se em torno da possibilidade de utilizar a plataforma do partido LIVRE, ou de avançar o movimento de forma independente. Foram lidos os princípios do partido LIVRE, e partilhadas as vantagens e desvantagens de cada uma das opções. Seguiu-se uma discussão sobre as mesmas, onde se destacaram as seguintes intervenções/ideias:

  • É preciso por as coisas a mexer no sentido de uma cidadania mais ativa.
  • É preciso começar a conhecer mais profundamente a comunidade de Montemor-o-Novo.
  • Existem neste momento capacidades (de reflexão, incentivo à participação e outras) que não existiam há dez anos – e que devem ser aproveitadas.
  • É preciso dar a conhecer melhor esta iniciativa, para esbater receios de participação e dúvidas sobre o objetivo da mesma.
  • É preciso ter “entusiasmo com cautela” neste tipo de iniciativas, sempre no sentido de dar uma voz mais clara e empoderada à sociedade civil.
  • Não há opções políticas que nos satisfazem, quer a nível local, quer a nível nacional.
  • Há muita curiosidade em avançar este tipo de processos para ver no que dá, este ano e daqui a quatro e a dez.
  • Há que combater o conformismo com a situação atual.
  • Há que ouvir sugestões diferentes, e trabalhar o sentimento de comunidade.
  • Há que trabalhar continuamente o desenvolvimento da iniciativa e a capacidade de co-construção da mesma e das suas propostas.
  • Participantes nesta iniciativa têm um potencial que advém de sermos trabalhadores pouco convencionais, com alguma disponibilidade, tempo, capacidade de reflexão, de pensar a mudança – e de um sentimento de inconformismo que nos traz aqui. Há pessoas bastante capacitadas para dinamizar o território e agilizar fundos para “fazer acontecer”. O filtro de “estar por cá” já indica essa disposição, mas aqueles que são originariamente daqui – como reagirão? 
  • Este grupo de pessoas está virado para a procura de soluções e tem vontade de comunicar, ouvir e agir, com sensibilidade ambiental.
  • Temos de sair e encontrar pessoas diferentes, capazes de criticar o processo de maneira construtiva, de modo a estarmos mais conscientes daquilo que se pode fazer no concelho.
  • Muit@s de nós estão aqui há pouco tempo, esta é uma altura de ouvir quem cá mora há mais.
  • É precisa uma aposta na inovação democrática, na desformatação, no pensar “fora da caixa” e na integridade da participação política.
  • Montemor tem muita gente crítica e construtiva, e era bom se conseguíssemos juntar em circulo e construir conjuntamente dentro desta enorme diversidade que existe.
  • Cada pessoa tem o poder para agir em comunidade, mas tem de ser capacitada e empoderada para isso.

No final, houve uma decisão alargada no sentido de tentar num primeiro momento avançar como movimento independente, podendo-se mais tarde aceitar a proposta do partido LIVRE, se o desejo de avançar para eleições se manter, e se o trabalho necessário ao estabelecer do movimento independente for demasiado para a capacidade existente.

Foi criado também um grupo de trabalho para entender tudo o que tem de ser feito de modo a avançar como movimento independente (recolher assinaturas, abrir contas bancárias, etc.), bem como começar já a recolher assinaturas.